Introdução
O Código Morse é um sistema de representação de letras, números e sinais de pontuação.
Foi desenvolvido por Samuel Morse em 1835, criador do telégrafo eléctrico (importante meio de comunicação a distância), dispositivo que utilizava correntes eléctricas para para emissão ou recepção de sinais.
Uma mensagem codificada em Morse pode ser transmitida, de várias maneiras, utilizando impulsos (ou tons) curtos ou longos:
– Impulsos eléctricos transmitidos através de um cabo;
– Ondas mecânicas, recorrendo à vibração do ar (som);
– Sinais luminosos, recorrendo a luzes artificiais ou ao sol (acendendo e apagando lâmpadas ou utilizando um heliógrafo);
– Ondas electromagnéticas, utilizando portadoras de rádio ou modulando estas;
Com o desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação, o uso deste código foi ficando obsoleto na sua vertente comercial e militar.
Contudo, ainda é utilizado nalgumas aplicações específicas, nomeadamente rádio-faróis e por radioamadores.
É o único modo, com excepção da voz, que pode ser facilmente utilizado por humanos sem processamento por computadores.
O código Morse internacional é composto de cinco elementos:
– Sinal curto, ponto ou ‘dit’
– Sinal longo, traço ou ‘dah’
– Intervalo entre os dit e os dahs
– Intervalo curto (entre letras)
– Intervalo médio (entre palavras)
Segurança marítima
O código Morse foi usado como um padrão internacional para comunicações marítimas até 1999 quando foi substituído pelo Sistema Global de Socorro e Segurança Marítima (GMDSS).
Quando a marinha francesa cessou a utilização de código Morse, em 1997, a mensagem final transmitida foi “Chamando todos. Este é o nosso último grito antes do nosso silêncio eterno.”
160 anos de código morse: Uma alteração!
Em 24 de maio de 2004, no aniversário de 160 anos da primeira transmissão telegráfica, a ITU adicionou o caractere “@” (arroba) ao código Morse, como um “AC” juntos.
O novo caractere facilitou o envio de endereços de email por código Morse e isso é notável, já que é a primeira alteração ao código Morse desde a I Guerra Mundial.
Chaves telegráficas
Embora a tradicional chave telegráfica (chave vertical) ainda seja usada por muitos radioamadores, o uso de chaves semi-automáticas e automáticas (horizontais) prevalece atualmente.
Programas de computador são também frequentemente empregados para produzir e descodificar sinais de código Morse.
Existem concursos de radioamadores, onde a recepção é auditiva mas a transmissão é feita utilizando software e computadores.