O que se é chamado hoje de Código Morse difere do que foi originalmente desenvolvido por Morse e seu assistente, Alfred Vail.
A especificação original do código de Morse, muito limitada para o uso nos Estados Unidos, tornou-se conhecida como Railroad ou Código Morse Americano, e atualmente é muito raro o seu uso.
O sistema de telégrafo de Samuel Morse e Alfred Vail, que entrou em serviço em 1844, marcava uma fita de papel.
Durante a “transmissão” da corrente elétrica, no receptor, um electroíman fazia rodar um ponteiro de modo a arranhar a fita e quando a corrente cessava, o receptor retraía o ponteiro e a fita ficava sem marca. Como esta era tracionada, com velocidade constante, no final da transmissão, o operador lia a fita e traduzia a mensagem gravada nesta.
As marcas curtas foram denominadas de “pontos”, e as marcas longas de “traços”.
As letras mais comuns na língua inglesa utilizaram as menores sequências de pontos e traços, fazendo aumentar a velocidade de transmissão.
No telégrafo de Morse, os receptores faziam o barulho quando rodavam o ponteiro e quando este regressava à posição original, fazendo com que os operadores aprendessem a traduzir a mensagem apenas pelo som.
Quando o código Morse foi adotado no rádio, os pontos e os traços passaram a ser enviados como tons curtos e longos.
Por isso, a recepção do código Morse deve ser ensinada como uma linguagem e, também por isso, quem utiliza o código morse, utiliza “dits” e “dahs” em vez de pontos e traços!